terça-feira, 14 de setembro de 2010

Questionando um ponto de vista inexistente

Disseram-me um dia “Questione! Pois toda e qualquer descoberta nasce de uma pergunta que não se cala na mente de um ser em sua existência.”. Questionei um dia os sentimentos, soube então que não passam de reações dos hormônios que liberam substancias que nos promovem sensações diferentes dependendo dos seus estímulos; então deixei de sentir. Questionei um dia a crença, soube então que nós desde os primórdios da existência humana somos necessitados de acreditar em algo maior que nos protege e nos vigia; então deixei de crer. Questionei um dia os sonhos, soube então que não passam de uma manifestação criativa da psique  que transcende os meros cinco sentidos; então deixei de sonhar. Questionei um dia o meu ser, olhei-me no espelho e soube então que sou apenas um ser que já não sente, que já não crê, que já não sonha, então deixei de ser um “ser”. Questionei-me um dia minha existência, soube então que a existência depende do fato de eu ser eu como um “ser” que crê, que sente e que sonha, como não sou, então deixei de existir. Questionei um dia o questionamento, soube então que o questionamento é a pergunta que não se cala na mente de um ser na sua existência que o leva a toda e qualquer descoberta, como não existo por não ser um ser, pois nada sinto, nada creio e nada sonho; então deixei de questionar.


Colaboração: Marcos Nishimaru 

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