segunda-feira, 30 de maio de 2011

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Sem querer, sem entender, acordamos um dia de manhã com vontade de escrever, de falar sobre algo que está guardado em nós e só nós mesmos sabemos do que se trata, mas em contramão, mal sabemos por onde começar.
E a gente mesmo sem saber, procura nas entrelinhas da vida um motivo a mais pra viver cada dia. Talvez o sonhar e tornar isso realidade já não seja o bastante para querer acordar todos os dias de manhã.
Já abri minha janela e me perguntei de onde vem tantas pessoas sem rumo, o que se passa em suas mentes, o que se escreve nos seus livros da vida, ou se disso posso chamar seus livros...
Já me sentei num monte e olhei para o mundo e tentei achar o meu verdadeiro lugar, cogitei se pelo menos eu o tenho aqui, se é aqui ou se já foi aqui...
Eu agora de manhã poderia me olhar no espelho como de costume e perguntar se minha lucidez está por completo ou se ainda abre espaço para a insanidade, talvez seja este o meu problema...
As vezes as perguntas são tantas que eu queria simplesmente ignorar o mundo e viver a vida como aqueles que vejo passar nas ruas, sem olhar para os lados, sem pensar no porquê, no como, no onde. Sem entender aquilo que acontece e simplesmente deixar de acontecer. Mas daí me vem outra pergunta: Eu seria eu se fizesse isso?
Então fico assim presa entre ser eu e ser mais um, mesmo que para o outro eu seja mais um, é relativo, cada um se acha na singularidade e eu tenho certeza que do outro lado da rua aquele rapaz também acordou de manhã com vontade de escrever algo e mal sabia por onde começar.

sábado, 14 de maio de 2011

Um abraço a loucura

Sentei naquele banco de praça despretensiosa como sempre, as tardes de outono sempre me foram convidativas. Olhei para os lados, ali estavam várias pessoas a fazer o mesmo que eu, nada, só estavam lá e isso já lhe bastavam. Pessoas que assim como eu nada querem além daquilo que são de fatos delas mesmo, que nada admiram mais do que o que universo está proposto e é capaz de nos dar, que tudo sonham além daquilo que lhe consideram normal.
São estes que consideram o fato de respirar algo bonito, o fato de sorrir uma vitória, o fato de ser loucos mais um motivo pra continuar vivos. Pois do que serve mais a vida do que pra viver?
Deixemos a lucidez guardadas nos armários sujos, deixemos a loucura brincar um pouco com nossa mente. Deixemos a educação de lado, o egoísmo, a preocupação exacerbada, a superioridade, a tristeza e vamos ser felizes pelo que nós somos e não por aquilo que pensamos ser ou que acham que somos.
Deixemos as correntes da discórdia, as algemas que nos prendem ao senso comum e vamos ser tudo aquilo que sempre mantivemos guardados dentro de nós.
Um abraço àqueles que sempre conseguiram fazer isso, abraço àqueles que sempre foram eles mesmos, que sempre riram daquilo que acham engraçado, que sempre fizeram aquilo que deveria ser feito, um abraço àqueles que são mais que tudo que o mundo necessita, um abraço àqueles que são acima de tudo aquilo que nasceram para ser, amigos, irmãos, loucos, engraçados, humildes, simples... Um abraço a loucura, um abraço pra Bianca Verônica, Marcelo Castro, Rosana Martins, Luana Cruz, Ana Laura Mulatti, Deborah Macedo, Nathan Lima, Sidy Yamashita, Daniela Souza, Poliana Aurélia, Karina Késsia, Alessandra Vidal, Maria de Fátima, Amandinha entre outros ...


Homenagem a Bi *-*

Síndrome

Amor é uma síndrome, uma doença com vários sintomas, pode ser maligna ou benigna. Maligna quando acaba, benigna quando nunca cura.
Quando os olhos dos doentes se encontram as mãos suam, os corações aceleram, a boca fica seca e só os olhos é que conseguem entregar tudo aquilo que não consegue sair pela garganta que neste instante já tem um nó.
Quanto mais perto da pessoa, mais os sintomas ficam agressivos, as pernas ficam bambas, as bochechas ficam rosadas, os olhos começa a encher-se de água e a maioria das palavras somem e você mal sabe o que falar. O desespero se abate e mais um sintoma aparece a síndrome do pânico ou em casos mais extremos você simplesmente age como um completo idiota. Mas a outra pessoa não se importa, pois ela só sabe sorrir, outro sintoma do amor.
Se verdadeiro for esta sindrome, você nunca se curará e os sintomas nunca passarão. Todos os beijos que você e outro doente trocarem vão parecer com o primeiro que vocês tiverem, será eterno, será intenso, este podemos dizer como o momento mais crítico da doença, todos os sintomas estarão no ápice e os doentes se tornaram dependentes disto. É cruel, eu sei. O sorriso da pessoa amada é mais revigorante do que quando o sol nasce, aqueles pequenos trejeitos, o modo como mexe com o cabelo, como porta-se diante dos outros, como diz o seu nome, como olha pra você e como os olhos dele brilham quando você o chama. Todos os gestos do doente são minusciosamente admirados por você, tudo nele parece perfeito, tudo nele parece ser tão perfeito pra você. Todos os defeitos dele parecem ser perfeitamente defeituosos, porque só você enxerga nele aquilo que todos os outros sãos não conseguem ver. Doente reconhece outro doente, sabe como é!

E se você sente todos este sintomas quando está perto de alguém, sinto muito em te dizer mas tenho péssimas notícias para você!