segunda-feira, 30 de maio de 2011

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Sem querer, sem entender, acordamos um dia de manhã com vontade de escrever, de falar sobre algo que está guardado em nós e só nós mesmos sabemos do que se trata, mas em contramão, mal sabemos por onde começar.
E a gente mesmo sem saber, procura nas entrelinhas da vida um motivo a mais pra viver cada dia. Talvez o sonhar e tornar isso realidade já não seja o bastante para querer acordar todos os dias de manhã.
Já abri minha janela e me perguntei de onde vem tantas pessoas sem rumo, o que se passa em suas mentes, o que se escreve nos seus livros da vida, ou se disso posso chamar seus livros...
Já me sentei num monte e olhei para o mundo e tentei achar o meu verdadeiro lugar, cogitei se pelo menos eu o tenho aqui, se é aqui ou se já foi aqui...
Eu agora de manhã poderia me olhar no espelho como de costume e perguntar se minha lucidez está por completo ou se ainda abre espaço para a insanidade, talvez seja este o meu problema...
As vezes as perguntas são tantas que eu queria simplesmente ignorar o mundo e viver a vida como aqueles que vejo passar nas ruas, sem olhar para os lados, sem pensar no porquê, no como, no onde. Sem entender aquilo que acontece e simplesmente deixar de acontecer. Mas daí me vem outra pergunta: Eu seria eu se fizesse isso?
Então fico assim presa entre ser eu e ser mais um, mesmo que para o outro eu seja mais um, é relativo, cada um se acha na singularidade e eu tenho certeza que do outro lado da rua aquele rapaz também acordou de manhã com vontade de escrever algo e mal sabia por onde começar.

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