Ela estava parada na esquina inquieta, e dois policiais também estavam lá de patrulha, todos olhavam para os lados assustados, pareciam que os três esperavam o mesmo alguém. Ao fundo da rua, algo vinha surgindo, o sol estalante daquela tarde fazia subir do chão aquele mormaço. Lá vinha um homem louro, de olhos claros, vestia um blusa vermelha e uma calça jeans.
A mulher entrou dentro de um carro vermelho, escondeu-se pendurando ao teto do carro. Neste meio tempo, o homem alcançava os policiais e os trucidava sem o menor arrependimento e o sangue manchava a rua. A mulher então levantou sua cabeça no teto solar do carro que acabava de acionar, e nada viu. Sentiu-se aliviada.
Desceu do carro, abaixou a cabeça e quando levantou-a novamente o homem estava perante ela, o mesmo que havia trucidado os policiais. A cara de assustada deu lugar a cara de uma mulher decidida. Ele a perguntou:
-O que faz aqui?
-Vim lhe adorar!- disse ela dando um beijo nele.
Ele então pegou em seu ombro e a conduziu a um galpão, lá centenas de pessoas estavam em frente ao palco, e ao ver o homem, elas deram caminho para que passassem rumo ao palco. Assim como ela, eles estavam lá para adora-lo; mas ele ainda não sabia que aquela mulher guardava dentro de si, algo muito diferente do que ele poderia oferecer ao mundo: PAZ.
E que mesmo que necessita-se jogar sujo como os demais seres inferiores ela o faria, pela PAZ do mundo. E morreria ali, se Deus lhe ordenasse que morresse. Por enquanto, mentir, era o que deveria, enganar era o que planejava, até que o seu objetivo fosse alcançado.
Olhou aquelas pessoas que não tinham brilho nos olhos, não tinham mas Deus, na testa: algo gravado, mas não podia identificar. O ser dentro daquela mulher queimava-lhe diante aquilo, mas devia esperar. Os planos de Deus ainda não tinham se concretizados, e ela servia a Ele, por Ele e para Ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário