Vivia sozinha a dois anos desde que seus pais morreram, casa grande e nove gatos que se espalhavam confortavelmente pela casa. Era uma madrugada de sexta-feira dia de folga do trabalho, levantou depois de um pesadelo o qual não se lembrava do que era, mas sabia que foi um sonho ruim pois estava tomada por um medo interno e depois daquilo não conseguiu dormir mais. Desceu as escadas da casa ainda de pijama, foi a cozinha e pôs a água do café ferver, foi até a porta da sala abriu-a e pegou o jornal. Entrou dentro de casa e em alguns minutos o café estava pronto, pegou uma xícara sentou no sofá e pôs-se a ler as notícias.
Alguém bateu na porta, ela levantou e foi atender. Não havia ninguém, fechou a porta. Logo que virou as costas bateram na porta novamente. Um medo tomou conta do corpo dela, pôs a mão na maçaneta devagar e a abriu, um vento gélido tomou conta da casa, parecia que alguém havia entrado lá só que ela não conseguia ver.
Ela escutou um barulho no seu quarto, então subiu as escadas correndo pra ver o que era apesar do medo intenso quando chegou no corredor que dava aos seus quartos ela viu um homem de cabelos pretos e roupa preta, a pele dele era branca pálida, os olhos dele eram azuis vivos como os dela, pareciam brilhar. Ele sorriu pra ela e as luzes da casa se apagaram, ela ficou sem ar de tanto medo, algo parecia passar por ela a todo momento e a cada vez que passava acabava cortando-a como se tivesse uma lâmina fina.
Ela gritava de dor, porque aquilo a dilacerava então ela virava pra todos os cantos a fim de achar aquele homem e procurar um lugar pra se esconder, mas o escuro não a deixava. Ela se virou de costas e deu de cara com ele, os olhos dele brilhavam no escuro como se fosse um gato, ele pegou em seu rosto e cheirou-a de um modo libidinoso, passou a mão em seus cabelos e os cheirou também.
O rosto dela então mudara de um face de horror para uma face irônica, ela então beijou o homem e o rosto dele começara a ficar negro, as veias de seu corpo ficavam negras azuladas e os olhos dele enegreceram. Ela então o largou e as luzes voltaram a funcionar e o corpo do homem desfalecia na frente dela, secava e se tornava apenas pó.
Ela limpou os lábios e resmungou baixinho "Subestimadores"!
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