quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Não durma menina!

Chegou do trabalho cansada, trabalhava só meio período e estudava outro, mas aquilo estava lhe matando. Aproveitando as férias e a ausência da escola, deitou-se na cama dos pais para brincar com o gato, entre mimos ao gatinho ela acabou dormindo naquela cama e com a janela aberta e um sol escaldante brilhava lá fora.
Sonhou algo estranho, não entendia muito bem o que era, era uma sucessão de fatos executados rapidamente, como se fosse uma visão de várias coisas as quais passavam tão rápidas que mal podia definir o que estava acontecendo.
Até que aquela cena estranha e rápida ficou mais lenta, agora ela se via no próprio quarto dos pais, via ela mesma deitada no cama e com as mesmas roupas em que havia ido dormir. Sentiu um queimor no rosto e uma sombra negra vinha pela porta e agora se encontrava do lado do corpo dela adormecido. Apavorada ao ver aquilo ela se encolheu na parede com um medo absurdo que tomava conta do corpo dela. A sombra então pegou no ombro do seu corpo adormecido e a balançou tentando acordar, de repente ela sumiu e acordou já em seu corpo. De certo não se lembrava do sonho.
Notou que os raios de sol haviam atravessado a janela e estavam em seu rosto lhe queimando a pele, levantou-se sonolenta e foi até a janela para fechá-la e voltar a dormir. Voltou a cama depois da janela fechada e quando fechou os olhos e já ia cair em sono profundo a janela do quarto de seus pais abriu-se num estampido feroz. Ela sentou-se num pulo e olhou para a janela escancarada, olhou para o lado e um varal que tinha no quarto balançava de um lado pro outro parecendo um relogio de pêndulo. Ela pôs a mão na cabeça e lembrou-se do que havia acontecido e um medo obsoleto tomou conta dela novamente, se levantou correndo e abraçou o namorado que vinha pela porta pois havia sentido que tinha algo de errado. O homem então abriu os olhos em meio ao abraço e notou que uma sombra observava os dois da porta do quarto, ele voltou a fechar os olhos, fez uma força na cabeça que até sua testa franziu e a sombra se desfazera.

Nenhum comentário:

Postar um comentário